"Se você não definir o que é sucesso pra você, nunca saberá quando chegar lá", diz Daniela do Lago

  • Por Jovem Pan
  • 19/05/2015 14h04
Jovem Pan

Nem todo mundo sabe como se comportar corretamente no ambiente do trabalho, não é mesmo? Muitas vezes, funcionários de uma empresa não têm ideia do quanto sua postura pode estar interferindo, negativamente, no seu crescimento pessoal. Mas, de acordo com a especialista no assunto, Daniela do Lago, isso é absolutamente normal. E mais: independe da idade das pessoas. 

“Não importa se você começando ou terminando sua carreira, todo mundo passa por isso. E a parte comportamental não tem nada a ver com experiência e tempo no mercado de trabalho. Conheço pessoas novas que são super maduras e pessoas mais velhas que não são. É a tal da Inteligência Emocional, que só é usada em momentos de tensão”, disse ela em entrevista ao Pânico na Rádio na manhã desta terça-feira (18). 

Para Daniela, hoje em dia todo mundo quer status, quer ser o melhor em tudo e ganhar destaque rapidamente. Porém, infelizmente não existe mágica e as coisas precisam ser conquistadas “passo-a-passo”. Além, claro, de que é preciso que cada pessoa pare para pensar no que é “sucesso”, já que essa palavra tem significado e importância diferente para as pessoas. 

“Para alguns, o sucesso tem a ver com estar estampado na capa de um revista importante. Para outros, é estar com a família ou até mesmo praticar um hobby. Se você não definir o que é sucesso pra você, você nunca vai saber quando chegar lá”, explicou. 

Fora o status e a vaidade, muitos brasieliros reclamam que recebem mal ou que deveriam ganhar mais por todo o esforço que fazem pela empresa. Para Daniela, chegou a hora das pessoas aprenderam a lidar com a grana. “O brasileiro de classe média quer viver como um milionário. O dinheiro é um meio para alcançar as coisas. Se você não consegue lidar com cem reais, você jamais vai conseguir com cem mil”, comentou ao dizer que 70% das famílias do país estão individadas e não podem pedir demissão porque têm contas para pagar. 

Para a especialista, é importante que as pessoas vistam a camisa da empresa para qual trabalham, mas não se esqueçam que todo o processo é uma troca e que exige dedicação de ambas as partes. 

“Não existe empresa ruim. De repente, você cresceu e ficou grande para continuar trabalhando onde está. Aí é a hora de você saier fora. Não da empresa mudar. A vida segue, o mercado gira, a não ser que voc~e tenha se tornando um refém da empresa, por conta das dívidas, e por não poder pedir demissão acaba gerando uma insatisfação”. 

Se em 2015 já somos completamente dependentes da tecnologia, não é difícil imaginar o que vai acontecer com o mundo em 2030, certo? Para Daniela, que está estudando o futuro do trabalho no país, as pessoas que têm apenas uma faculdade concluída, por exemplo, terão dificuldades dificuldade para encontrar algo bom. Óbviamente, como existe nos dias de hoje, “indicação de profissionais” ainda estarão super em alta. 

“A tecnologia está aí para nos servir, está cada vez mais avançada, o que, provavelmente, vai exigir menos pessoas nas empresas. Na realidade, vai haver uma disputa entre os profissionais que são extremamente qualificados. E os que não forem extremamente qualificados vão descer alguns degraus”, comentou ela. 

 

 

 

 

 

 

 

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